Vem da noite o claustro anfíbio
de minhas línguas,
contorna o corpo alvo
de flor e mistério.
Ao marasmo do sol prevê:
eu olho os dias calados,
os livros quietos,
as nunca sabidas
sensações da morte.
Vem da noite o "abra-te sésamo!"
que na carta de vento
abriu meu deus ex machina
com roldanas
flutuantes,
oh, e do jogral que ali dançava,
eu retenho o fim do ato
com a declamação
do todo-bobo poeta
que pula feito sapo,
coaxa meu verso sutil anfíbio,
e vira pássaro por mártir
que tu sonharas.
26/12/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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