E que, num mesmo dia de verão,
num qualquer, num ano desconhecido,
eu possa ver ...
Ver quão tranquilo eu passo,
aos anos o mormaço,
ao tempo os ossos
do que fui,
como uma janela eu vi
meus olhos vendo,
não estavam lá.
E qual dor doída,
com a boca sedenta,
pequei por ser discreto,
lume alvorecer querendo,
flecha amaciada,
voando ...
E que, num mesmo dia de inverno,
teu peito firme o meu,
e o coração junto,
perto demais,
conceda ao menos
o encanto
de não estar
em lugar algum.
26/12/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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