Da túnica à voz metálica
dos extemporâneos:
flor náutica serpenteia o caos.
Besta-fera, a cobra criada
dança feito fel,
ao escarcéu dos delírios!
Ah, quanta festa!
Quebro-me em pedaços
dos fragmentos
do mármore
de estátuas
que dormiam.
Desperto o olho sorri,
desdém não há,
e da pena última
o coração
está inteiro,
veste meu sabor,
retira dos frêmitos
o pavio das queimaduras,
resta ao alvo sapecar a morte,
como anaconda em voz
de trovão,
e de dentro do coração
explode roxo
violetas de vinho,
e alguém saberá o infinito
que nunca foi bem descrito.
26/12/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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