O vindouro é o que não vemos.
O que não vemos, se vemos,
não sentimos.
O que sentimos, o que não
se entende, é o que se
sente.
O corpo nu, no frio, na contramão,
é o atropelo dos dias, não se sente nada.
A alma nua, no calafrio, no impacto,
na sedução se perde em poesia!
O que não temos é o que não somos.
Deste "ter-ser" tergiversa
o tartamudo.
Da poesia se tem o escândalo,
da poesia se emite o grito,
da poesia se faz um rito.
Não tenho nada, não sou
a poesia.
A poesia é que é em mim.
29/12/2011 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
domingo, 1 de janeiro de 2012
OS POETAS MORREM
Os poetas morrem?
Os poetas morrem.
Quem nunca disse ao mundo
que o sol está amarelo,
que o céu invade o coração?
Os poetas morrem, é fato.
Mas as capitanias estão tomadas,
e os versos são meus.
O coração que em mim não cabe
de tanto amar as pessoas
cabe num peito.
O coração que se atreve.
O coração que se acovarda.
O coração que bate.
Não sei ao certo se poetas
vão para o céu quando morrem,
só sei que poetas também morrem.
29/12/2011 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Os poetas morrem.
Quem nunca disse ao mundo
que o sol está amarelo,
que o céu invade o coração?
Os poetas morrem, é fato.
Mas as capitanias estão tomadas,
e os versos são meus.
O coração que em mim não cabe
de tanto amar as pessoas
cabe num peito.
O coração que se atreve.
O coração que se acovarda.
O coração que bate.
Não sei ao certo se poetas
vão para o céu quando morrem,
só sei que poetas também morrem.
29/12/2011 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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Poesia
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