A rota espadaúda que eviscera
os tardos, os elmos floreios
de poema,
que ao arauto coteja as flores,
e o vinho de aurora que flui
em veias vulcânicas,
pelos lados da esfera,
pelos cantos da praia,
pelo rio espanto d´strela.
A rota petrificada dos dias duros,
que ao remanso um universo inteiro
canta,
pelos mares alvos náuticos de mergulho,
que ao calar da noite
faz sinfonia madrugada,
e d´strelas para o infinito
recobra o sol em arrebol
num fundo d´strada,
eis o vinhedo que ao louco embriaga
e ao delirante poetiza.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
PAZ PERPÉTUA
Formosa a ranhura em tais corpos,
deixo o seixo e o espinho
torturá-los,
se o pão e o vinho, a noz moscada
e a mirra, o sonho arbóreo
de minhas raízes, todos os dias,
me torturam,
sei que o campo de marte
onde reinava nero
matava a cotovia,
se o lenho e o fundo musical
destes corpos, estes silêncios
e miasmas, estes cavalos xucros
na paulada,
se tudo que o universo contém,
quem terá tudo? se tudo que
a vidência se espanta de ter,
todos os sonhos são espatifados?
quem, de toga num tribunal da morte,
poderia salvar os encarnados?
encontro o caminho vizinho,
a paz perpétua sem nações.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
deixo o seixo e o espinho
torturá-los,
se o pão e o vinho, a noz moscada
e a mirra, o sonho arbóreo
de minhas raízes, todos os dias,
me torturam,
sei que o campo de marte
onde reinava nero
matava a cotovia,
se o lenho e o fundo musical
destes corpos, estes silêncios
e miasmas, estes cavalos xucros
na paulada,
se tudo que o universo contém,
quem terá tudo? se tudo que
a vidência se espanta de ter,
todos os sonhos são espatifados?
quem, de toga num tribunal da morte,
poderia salvar os encarnados?
encontro o caminho vizinho,
a paz perpétua sem nações.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
Marcadores:
Poesia
O SAL DA INTELIGÊNCIA
Deixar-se rir, entre os ventos,
qual cartapácio nas ondas
da letra cáustica.
A letra fundida ao elmo,
qual gládio sobre a terra.
E o vitral, que o sol persiste,
este monastério de vil carne,
sedenta a água do poema,
firme o chão da poesia.
Deixar-se ir, com vultos de tudo
encarnar ... um salto
de vinho para a via-láctea.
Entre os muros de cal e mar,
marmóreo sonho flutua,
por dias astuciosos como sal.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
qual cartapácio nas ondas
da letra cáustica.
A letra fundida ao elmo,
qual gládio sobre a terra.
E o vitral, que o sol persiste,
este monastério de vil carne,
sedenta a água do poema,
firme o chão da poesia.
Deixar-se ir, com vultos de tudo
encarnar ... um salto
de vinho para a via-láctea.
Entre os muros de cal e mar,
marmóreo sonho flutua,
por dias astuciosos como sal.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
Marcadores:
Poesia
Assinar:
Postagens (Atom)