VII – OS COMPARSAS DA FORÇA
Deixando a terra nova, eu colho a fumaça do céu.
Os dias passam, há náufragos, há o desterro.
Estava a terra boa repleta de sedes espumantes,
Um ar de cristal na chuva da alma,
Os sais do tempo intratável,
Um ar de riqueza e sonhos prisioneiros,
As canções da noite iluminavam aquele céu.
Os corais diante desta terra
Eram as mãos do encanto,
O gatilho das esferas,
O som estridente da barbárie.
Estava o delírio renascido,
Um sol de rachar a cabeça,
As águas então evaporaram.
Eu caí na perdição da terra,
A mesma sede de sempre.
Os olhares estalavam,
O sol da noite era o fogo do desejo.
Eu via os deuses soprando
A névoa solitária da canção.
Os meus comparsas da noite
Traziam o suprimento.
Não haveria fome por um tempo.
À terra perdida, eu dou tiros.
À terra dos fortes, eu sou um soldado da força.
Deixando a terra nova, saíram os forasteiros.
Atrás do mundo morto, que as flores amam.
Na noite cadavérica dos sonhos frios,
Eu colho a fumaça do céu
Das infinitas angústias.
Se olho pelos lados, é para conter o barro,
O brio montanhoso, o pavio tortuoso,
Nos fins da estrada.
Num traçado de fogo, o qual era destino,
Levei a dança aos corais,
Aos apreços pela arte.
À terra perdida, encontro o fim dos fins,
O começo da felicidade.
Vejo em toda vida honrada:
Virtudes raras de força,
A coragem,
Um homem escasso
Em dias de covardia.
Sei que são virtudes de liberdade.
E os filhos do desterro, soldados,
Meus comparsas, caem na graça eterna.
É a guerra da vida.
É o grito. O motim.
O horizonte que há na fronte armada.
Há o vinho e o tempo.
E o céu sobre a terra perdida.
Uma Carta para Elizabeth: Breve Romance de Sonho
Há uma semana