No teu ser o brasão impele,
Corrente jaz de velhas eras.
Que derrama sol e ferve esferas,
Que da noite em degredo fere.
É o campanário, veia lúcida.
Há de ter tempestade na alma,
Que vem da luz e da calma,
Aportar no sonho da vida fúlgida,
Oásis e morte que traz e me ama.
Vinho do mar, violeta que dança aqui e acolá.
Todo suntuoso mar, que do vinho é festa!
Tudo que há para amar, perdido lá.
Hoje é sabor doce, ou amarga vinha,
Ainda que estrada vá.
Lancinar, rosto que não mede as garrafas.
Tenho certeza de hoje beber prantos,
Colher depois risos sem amarras.
Que eu só neste campo vejo malandros.