Lute com o teu sal de antanho,
das lidas, o esgar mais fundo,
do copo cheio, a alma do mar.
Faz, ritmo intrépido
até a alma faz.
Feito, que de teus sonhos
os tenha feito.
Dito, que de teu verbo
não caia a língua.
Dito, feito, tudo o que faz.
Lute com a boca do mundo.
Mergulhe na grande boca
do mundo.
O mundo cruel nos chama.
O fiel esgar da máquina pula.
Os rios nos quais
todos correm
é a boca grande
e faminta
do mundo
gritando
vida.
25/10/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
sábado, 26 de outubro de 2013
AMOR D`AURORA
Meneia seus cabelos, flor d´aurora!
Que inda é dia! Que inda é dia!
Faz da nuvem, poema.
Faz do tempo, a sorte.
Que finda o dia, minha linda!
Flor que te quer florida,
dança na água
com suas madeixas,
que ferve calma
qual gueixa,
que não tem nada
que te dê queixa.
Meneia, envolve a tua carne
na minha espada,
e olha o mar,
e sinta o sal,
e diga ao sol
todo o amor
de que o anzol
foi testemunha.
25/10/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Que inda é dia! Que inda é dia!
Faz da nuvem, poema.
Faz do tempo, a sorte.
Que finda o dia, minha linda!
Flor que te quer florida,
dança na água
com suas madeixas,
que ferve calma
qual gueixa,
que não tem nada
que te dê queixa.
Meneia, envolve a tua carne
na minha espada,
e olha o mar,
e sinta o sal,
e diga ao sol
todo o amor
de que o anzol
foi testemunha.
25/10/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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Poesia
OS DONS DO HORIZONTE
Sangra como o suor do chão.
As botinas cavam o esterco
e a mão pega na massa informe.
Duas horas seguidas na roda.
O ventre corta o osso da visão.
Os olhos lacrimejam de raiva.
Os dias duros não, ainda,
embruteceram a alma,
tão somente firmaram
os dentes,
os quais mordem
a pasta do esterco
sob o sol e a ferida aberta
da tarde mais dura da terra.
Sangrar como o suor do chão
é não lamuriar diante da senda
e ter em paisagem
todos os dons
do horizonte.
25/09/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
As botinas cavam o esterco
e a mão pega na massa informe.
Duas horas seguidas na roda.
O ventre corta o osso da visão.
Os olhos lacrimejam de raiva.
Os dias duros não, ainda,
embruteceram a alma,
tão somente firmaram
os dentes,
os quais mordem
a pasta do esterco
sob o sol e a ferida aberta
da tarde mais dura da terra.
Sangrar como o suor do chão
é não lamuriar diante da senda
e ter em paisagem
todos os dons
do horizonte.
25/09/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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