Jamais este poeta
vos ensinará o amor.
Pois o poeta vive como
um demônio do crepúsculo,
sua mão não traz viço
senão a ilusão de sua visão,
sua noite é o desastre
e a solidão.
Jamais este poeta
vos colocará a par
do mundo,
o poeta aliena-se em versos
que não dizem nada
e que se destinam
ao ocaso.
A luz que retém tais poemas
é como veneno
que mata ratos
afogados.
O poeta quer o brutal,
o brutal da espada,
o brutal da poesia,
tomando de súbito
o seu archote
para iluminar
a desgraça.
05/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Do medo e da perdição
Do medo não se pode ter medida.
A coragem mede forças com o medo
com arte furiosa
e sem erro.
Eu sou o poeta deste rio,
sou a história dos contos
que não têm desfecho,
ignoro a origem destas palavras
como ignoro
o fim do mundo.
A anarquia dos meus dias
são delírios beatniks
em vinhos de vinhas
imortais,
sou o carrasco do céu azul
com o vermelho da luz infernal,
vivo pela cidade
na chuva da vida
com um desejo violento
de enterrar o medo.
A coragem pode ser esta
que está no andarilho ébrio,
queria ser um ébrio
sem perspectiva,
um eterno errante do submundo,
bebendo aguardente
e cuspindo fogo.
04/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
A coragem mede forças com o medo
com arte furiosa
e sem erro.
Eu sou o poeta deste rio,
sou a história dos contos
que não têm desfecho,
ignoro a origem destas palavras
como ignoro
o fim do mundo.
A anarquia dos meus dias
são delírios beatniks
em vinhos de vinhas
imortais,
sou o carrasco do céu azul
com o vermelho da luz infernal,
vivo pela cidade
na chuva da vida
com um desejo violento
de enterrar o medo.
A coragem pode ser esta
que está no andarilho ébrio,
queria ser um ébrio
sem perspectiva,
um eterno errante do submundo,
bebendo aguardente
e cuspindo fogo.
04/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Marcadores:
Poesia
A Paisagem Alucinada
Eu vi na ribalta uma mulher púrpura
às 6 da manhã.
Tomei meu café e fui trabalhar.
Tive que entreter a garganta
profunda do mundo
onde está o inferno
com rezas brabas de antanho.
Cheguei ao meu chefe
e disse que o poema
descansava nestes
dias de verão.
Como um raio, passei ao lado
da morte,
não ouvi os tiros que anunciaram
a guerra dos mundos.
Vi na galáxia vizinha
populações ignotas
em planetas desconhecidos.
Voltei de minha meditação
dos corpos celestes
e vi a mulher sedenta
púrpura chama
de desejo
na minha cama nua
com ares graciosos
de primavera.
Depois eu vi que foi tudo ilusão
e dormi na paisagem do sol.
04/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
às 6 da manhã.
Tomei meu café e fui trabalhar.
Tive que entreter a garganta
profunda do mundo
onde está o inferno
com rezas brabas de antanho.
Cheguei ao meu chefe
e disse que o poema
descansava nestes
dias de verão.
Como um raio, passei ao lado
da morte,
não ouvi os tiros que anunciaram
a guerra dos mundos.
Vi na galáxia vizinha
populações ignotas
em planetas desconhecidos.
Voltei de minha meditação
dos corpos celestes
e vi a mulher sedenta
púrpura chama
de desejo
na minha cama nua
com ares graciosos
de primavera.
Depois eu vi que foi tudo ilusão
e dormi na paisagem do sol.
04/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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