Jamais este poeta
vos ensinará o amor.
Pois o poeta vive como
um demônio do crepúsculo,
sua mão não traz viço
senão a ilusão de sua visão,
sua noite é o desastre
e a solidão.
Jamais este poeta
vos colocará a par
do mundo,
o poeta aliena-se em versos
que não dizem nada
e que se destinam
ao ocaso.
A luz que retém tais poemas
é como veneno
que mata ratos
afogados.
O poeta quer o brutal,
o brutal da espada,
o brutal da poesia,
tomando de súbito
o seu archote
para iluminar
a desgraça.
05/01/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Uma Carta para Elizabeth: Breve Romance de Sonho
Há uma semana