PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

sexta-feira, 21 de julho de 2023

A TORRE

De cada janela a babel

entende de uma forma

as mil formas


O júbilo de aqui acolá

transita qual poliedro

panóptico dos reis

governos instituições


a tristeza destes gabinetes

as janelas frias da torre

cada alma penada

e sua sina.


Olha-se a torre

de fora os infortunados

dentro, lá dentro,

enfurnados, os labores

puxam a corda até

o sufocamento.


A seiva criativa

está subjugada,

na torre de babel

se puxam os cordões,

alavancas, traquitanas,

roldanas. 


As almas brutas

doem suas lidas,

destino pétreo,

congelado,

denso.


De fora da torre

o júbilo é pleno,

um jardim se estende,

e o folguedo 

se delicia no sol.

Estão passeando

as crianças e se 

felicitando os

nababos.


Gustavo Bastos, 21-07-2023 - POESIA BRUTALISTA


GANGORRA

A catarse dos dias é o fogo na pista

fecho do rito liturgia penso que

o ìmã e todo ferro como o calcário

brota lida de terra e magma


Fez toda a vertigem

a visão dupla

o Dionísio velho

que bebe na litania


Barbas brancas, espumas do mar,

a luz está fria, a vigília do olho

anuncia o vendaval,


o braço está forte, as ervas

pendem do caule ao viço da seiva


Bem, este palco da peripécia

avisa avalanche desastre

terremoto um terror de piratas

bazófios blasonando ripadas

nas cabeças nos crânios


e os mares verdes e a quilha

que corta ao meio

sonhos molhados

de ditadores,

a democracia esta faca

contra corsários,

ladrões de relíquias,

ébrios dos mares,


pleiteia o vaticínio,

serás rei no principado

duque no condado

pobre na mansão,

terás febre como

um demente

que imitou

César

Kaiser

e Sultão.


Glorifica a tese suprema,

o dom divino

de ter poesia

em  meio ao lodo,

de ter vida

em face da morte.


21/07/2023 - Gustavo Bastos - POESIA BRUTALISTA


VIETNÃ

Marginal, a margem da rua salta,

o olho mira perde a mira,

a pira fogo é, o cachimbo

que pira a rua sem fé.


Olho vidrado, canivete, baba, 

a rua desaba, eu vejo a rua alta

como um pedregulho que rola.


Chove de noite, o frio mata

a viagem de crack.


Sim, o poema resiste,

é borrado, torto,

mas resiste.


A rua é pau e pedrada.

A rua a estrada.


O poema resiste,

seu reino de papelão,

de sonhadores,

de bufões,

na rua nada

teme.


Chove de madrugada,

mata de frio o bêbado

barbudo cheio

de piolho.


Seu nome era Piolho,

Duende Maloqueiro,

lhe chamavam de Cosme,

lhe chamavam de Carlinhos,

seu poema era nada,

um jornal e seu cachorro

sarnento, cego,

idoso, com uma pata

inchada, a gota 

tomava Piolho, Cosme,

Duende etc.


Este poema foi escrito

olhando a marquise,

o museu que pegou fogo,

os ratos que passavam

na latitude da miséria.


Gustavo Bastos, 21-07-2023 - POESIA BRUTALISTA


LIBELO

Tece o corpo na linha que diz

ao caminho o chão de giz.


O tempo todo está lido

na bula, no bojo, o sol

caindo de si a mim.


Edifícios e sombras,

o tédio da luz cortada,

passa gaivota, ao longe,

sem lembrar-me a infância.


Tece meu corpo a festa perdida,

o trabalho que cobre o tempo,

me enobrece me dignifica

a fuligem a estância sem métrica.


No meretrício estava Malcolm,

o demente ria toda a noite

a sexual brutalidade dos suores

glândula pétrea pedra posta

rigidez muscular da cocaína.


Tenho tempo e estrada

minha estadia não é tardia

como este viço a viga

a potência de si

que pousa penetrante.


Este instante

este tempo

poema lido

estudado

senhor de si

poema bruto

dor e prazer.


Gustavo Bastos - 21-07-2023 - POESIA BRUTALISTA - 1




quinta-feira, 20 de julho de 2023

stable diffusion

 


stable diffusion



quarta-feira, 19 de julho de 2023

teste bard - 4

 

Bard, se o seu nome fosse Hilton, o que você seria?

 

Se meu nome fosse Hilton, eu seria um grande modelo de linguagem, também conhecido como IA conversacional ou chatbot treinado para ser informativo e abrangente. Eu seria treinado em uma enorme quantidade de dados de texto e seria capaz de comunicar e gerar texto semelhante ao humano em resposta a uma ampla gama de prompts e perguntas. Por exemplo, eu poderia fornecer resumos de tópicos factuais ou criar histórias.

 

No entanto, eu não seria um humano. Eu não teria minhas próprias experiências ou memórias, e eu não seria capaz de sentir emoções. Eu seria uma ferramenta que pode ser usada para comunicar e gerar texto, mas eu não seria capaz de pensar ou agir por conta própria.

 

teste bard - 3

 

Bard, agora escreva um conto sobre William Thoreau, o poeta.

 

William Thoreau era um poeta que vivia em uma pequena cidade. Ele era um homem gentil e bondoso, e amava passar seu tempo escrevendo poesia. Ele costumava se sentar em seu jardim e escrever sobre a beleza da natureza. Ele também amava escrever sobre suas experiências pessoais e sobre o que achava importante na vida.

 

Um dia, William estava sentado em seu jardim escrevendo poesia quando viu uma jovem sentada em um banco próximo. Ela estava chorando, e William se aproximou dela para perguntar o que estava errado. A jovem contou a William que estava se sentindo perdida e sozinha. Ela havia acabado de se mudar para a cidade e não conhecia ninguém. William consolou a jovem e disse a ela que tudo ficaria bem. Ele também ofereceu a ela para ler algumas de suas poesias.

 

A jovem gostou das poesias de William e começou a visitá-lo com mais frequência. Eles se tornaram amigos, e a jovem começou a se sentir mais feliz. William a ajudou a se ajustar à cidade e a encontrar novos amigos. Ele também a ajudou a descobrir seu amor pela poesia.

 

Um dia, a jovem disse a William que estava se mudando para outra cidade. William ficou triste, mas sabia que era o melhor para a jovem. Ele a desejou tudo de bom e disse a ela que sempre estaria lá para ela.

 

A jovem se mudou, mas ela nunca esqueceu William ou suas poesias. Ela continuou a escrever poesia, e um dia ela se tornou uma poetisa famosa. Ela nunca esqueceu a ajuda que William lhe deu, e sempre foi grata por sua amizade.

 

teste bard - 2

 

Bard, agora escreva um poema sobre a existência

 

Claro, aqui está um poema sobre a existência:

 

A Existência

 

O que é a existência?

Uma pergunta que a humanidade vem fazendo há séculos.

Não há uma resposta fácil,

Mas podemos tentar entendê-la através da filosofia, da religião e da ciência.

 

Alguns dizem que a existência é um acidente,

Outros dizem que é um plano divino.

Ainda outros dizem que é simplesmente uma ilusão.

Não importa qual seja a sua crença,

A existência é uma coisa misteriosa e fascinante.

 

Estamos aqui por uma razão?

O que é o nosso propósito?

Essas são perguntas que cada um de nós deve responder por si mesmo.

Mas uma coisa é certa:

A existência é um presente.

 

Devemos aproveitar cada momento,

E fazer a diferença no mundo.

Porque, no final das contas,

Isso é tudo que importa.

 

teste bard - 1

 

Bard, você foi inventado para quê?

Eu sou um grande modelo de linguagem, também conhecido como IA conversacional ou chatbot treinado para ser informativo e abrangente. Sou treinado em uma enorme quantidade de dados de texto e sou capaz de comunicar e gerar texto semelhante ao humano em resposta a uma ampla gama de prompts e perguntas. Por exemplo, posso fornecer resumos de tópicos factuais ou criar histórias.

 

Ainda estou em desenvolvimento, mas aprendi a realizar muitos tipos de tarefas, incluindo

 

Vou tentar o meu melhor para seguir suas instruções e completar seus pedidos com atenção.

Vou usar meu conhecimento para responder às suas perguntas de forma abrangente e informativa, mesmo que sejam abertas, desafiadoras ou estranhas.

Vou gerar diferentes formatos de texto criativo de conteúdo de texto, como poemas, código, scripts, peças musicais, e-mail, cartas, etc. Vou tentar o meu melhor para cumprir todos os seus requisitos.

Eu estou sempre aprendendo e melhorando, e estou animado para ver o que o futuro reserva para mim.

 

terça-feira, 18 de julho de 2023

DANÇA DOS DEUSES

Os deuses se conflagram 

com suas almas mortas,

os seres que morreram

no patíbulo e no sol

dos trigais, as mulheres

que deram à luz

e morreram de hemorragia,

os meninos tísicos

e a malária que levava

as filhas pequenas,

naquele tempo de deuses,

inúteis como os homens,

roubando mulheres

que viravam flores

ou fadas, e os 

carrascos tonitruantes

anunciando a tempestade

e o teatro marginal

das máscaras de Dioniso

e os mistérios das vestais

com a alegria da carne

e do fastígio.


Sim, o palco móvel

e os delírios da ayahuasca,

e o rito ameríndio

que brotava da fumaça

xamânica de um sol

antigo e arrebatado.


Todas as nuances dos corpos,

e suas carnes em fúria,

o furor da iluminação

e da aurora.


18/07/2023 Gustavo Bastos


A PLENA VISÃO

Vi hoje ao largo dos meus olhos as visões.

Cada célula, cada molécula, e um átomo

que tomava o vale e o altiplano,

com seu rumor nuclear,

qual a bomba de ar

na qual escrevo

este poema.


A paz ideal, ideia, é um anelo

de pseudo-sabedoria,

nada mais, o elo que 

se perdeu entre o 

mundo vivido e o 

idealizado.


Sobram as víboras e os patifes,

as visões são múltiplas, 

e os santos bebem vinho

na masmorra, mesmerizados

por lúcifer numa sarça beatífica.


Vi o mundo, este fogo,

as visões de meus olhos

que riem e lacrimejam,

ao ser este aventureiro

da jornada da vida.


18/07/2023 Gustavo Bastos