E tudo que juro, sob o mal do mundo,
é a escrita temporal
como uma tempestade,
o sonho de poesia nas asas
de prata do peito marmóreo,
sei de todos os finos aromas
que sobem às narinas do tempo,
poema-fantasia se nutre
destes estalos na noite fria.
E tudo que juro, no sal das enseadas,
é o tempo vivido das coisas
infinitesimais, vejo com lupa
os esgares das galáxias,
sinto como um monge
o segredo do lótus.
Penso e contemplo as imagens
da pureza como um coração
de carne que se espanta
em delírio etéreo,
e juro por toda a vida
cintilar como astro
na miragem que desenha
a festa.
01/08/2017 Gustavo Bastos
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