Allan Kautner nasceu
na São Francisco dos anos 1940, mais exatamente no dia de 3 de agosto de 1944.
Aos dez anos ganhou um violão de presente de seu pai e começou a ter aulas de
violão e guitarra com o primo de seu pai. Allan estudou por cinco anos com este
primo de seu pai, tinha começado a dedilhar também o piano a partir dos
quatorze anos, e aos quinze montou uma pequena banda, era um power trio de nome
Sketches, com ele no vocal e guitarra e mais seu amigo da escola Paul Konnen no
baixo e um baterista achado por um anúncio de jornais, Billy Blue.
O Sketches teria
vida curta, com dois anos de shows de garagem e uma fita gravada com três
músicas. Em 1962 o Sketches daria lugar ao berçário do que seria sua superbanda
em 1965. De 1962 a 1964 a nova banda Sunrise tocou por toda a Califórnia, tinha
Allan Kautner no vocal e guitarra, Billy Blue agora como baixista, Dude Gilles
na bateria e a moça Jana James no piano. Paul Konnen tinha ido cantar e tocar
guitarra em outra banda, uma tentativa de dar continuidade ao Sketches, numa
banda louca de nome Acid, até que em 1965 o Sunrise gravou um disco com 5
músicas e acabou um mês depois ao se fundir com o Acid, sendo criada então a
superbanda Acid Sunrise, com vocais divididos entre Allan Kautner, Paul Konnen
e Jana James, com Allan e Paul com suas guitarras e Jana no piano e teclados.
Billy Blue não foi para a nova formação, resolveu tocar trompete numa banda de
Jazz. Dude Gilles não entrou no novo projeto por ser considerado fraco para as
novas exigências da banda Acid Sunrise. Entrou então o baterista do Acid, o ainda
garoto de quinze anos John Rain. O baixo foi preenchido por aquele que seria o
melhor e mais louco integrante da superbanda, Keith Black, que era um negro egresso
do Jazz.
Em 1966 tinha saído
o disco de edição limitada do Sunrise que não deu muito resultado e que tinha
sido todo financiado pelo pai de Allan. Mas agora as ambições com o Acid
Sunrise eram enormes, e todos os músicos da banda resolveram se enfurnar na
mansão do pai de Allan, dentro de uma garagem, para compor “as melhores músicas
do mundo”, segundo queria fazer Allan. Foi um trabalho da banda, sem dar shows
ainda, de uns quatro meses que resultaram em quinze músicas prontas e mais uma
infinidade de lados B. Tudo gravado em estúdio caseiro e que seria uma tiragem de
cem cópias para vender nos shows que foram de maio de 1965 até novembro do
mesmo ano, resultando num contrato com a RCA Victor e um show de divulgação no
The Matrix em São Francisco.
Em julho de 1966,
depois de 2 meses de gravações, com as dezoito músicas num álbum duplo, sendo o
segundo descartado para gravações seguintes, tinha-se então um LP novinho em
folha com dez músicas, oito da fase de garagem e duas composições novas já na
RCA, sendo o álbum do Acid Sunrise intitulado “California Feelings”. E claro
que todas as oito músicas da fase de garagem tinham sido retrabalhadas, tudo
com o toque de gênio do produtor, Victor Bailey.
A banda Acid Sunrise
tinha agora um disco que era um petardo psicodélico, junto com uma máquina de
divulgação da RCA Victor que tinha certeza que estava com uma pérola nas mãos. Em
julho de 1966 sai o “California Feelings”, e com uma série de dez shows no The
Matrix, é sucesso imediato.
Allan Kautner e Paul
Konnen já se aprofundavam, a esta altura, com suas experiências com o LSD, com
Jana não gostando muito de sua “primeira viagem”, resolvendo ficar com a
maconha que lhe dava boa inspiração. Enquanto isso, Keith Black trazia a sua
heroína direto das entranhas do Jazz, com John Rain aos dezesseis anos só com
sua bateria e uns porres de vinho, nada demais, em comparação com a obsessão de
Allan e Paul com o LSD.
O ano de 1966 passa
como um rastilho de pólvora e sai o segundo disco do Acid Sunrise, já das
sobras de gravação do primeiro, em janeiro de 1967 com o “Station Fun”. A banda
vai ao The Ed Sullivan Show em fevereiro de 1967, tocam dois petardos do
California Feelings, “Lullaby” e “Wine of Sun”, junto com a música de
divulgação do Station, “Abracadabra”. E em junho de 1967 vem a consagração da
banda no Festival de Monterrey, já com Allan Kautner dando sintomas de que não
estava bem com tanto LSD na cabeça.
Em agosto de 1967
Jana briga com Allan, Paul Konnen consegue que os dois façam as pazes depois de
uma batalha campal que durou de agosto até outubro de 1967. Em novembro de 1967
a banda entra em estúdio para compor para o terceiro e novo álbum. A gravação é
marcada pela tensão entre Jana e Allan, sendo que os dois só não explodiam,
pois a ascendência de Paul Konnen sobre toda a banda e o trabalho todo era
muito forte, mesmo com Paul também se entupindo de LSD. Parecia que a
resistência de Paul Konnen com as drogas contrastava com a depauperação progressiva
de Allan Kautner, e Jana tinha cada vez mais horror ao LSD.
O produtor Victor
Bailey tinha uma paciência de jó com a banda, pois tudo que saía dali era ouro
para ele, mas sua condescendência com Allan Kautner duraria apenas até o fim do
trabalho de gravações do terceiro álbum, futuramente ele teria que escolher
entre Allan e Jana, e a opção seria óbvia. As gravações terminam em fevereiro
de 1968, três dias depois Keith Black morre de overdose de heroína. Jana e
Allan têm uma discussão vergonhosa em pleno velório de Keith. Paul Konnen desta
vez sai de cima do muro e fica do lado de Jana, decisão na qual é acompanhado
prontamente por Victor Bailey que, por incrível que pareça, também era uma peça
da ascendência profissionalíssima de Paul Konnen, quando deveria ser o
contrário.
Vendo o caminho que
Allan tomava com o LSD, Paul Konnen toma a decisão de parar de tomar LSD e
expulsa Allan da banda, com o mesmo quebrando grande parte do hotel em que a
banda estava instalada após o velório de Keith. Allan é contido e levado por
uma ambulância para tratamento em uma clínica psiquiátrica. Paul fica consternado,
e para aplacar a sua culpa, resolve acompanhar a trajetória de Allan com lupa,
para ver se ele iria ficar bem, visitando todo dia ele na clínica, mas já
sabendo que as portas do Acid Sunrise estavam fechadas para Allan.
Em abril de 1968, em
meio a estas confusões, sai o terceiro álbum do Acid Sunrise, o “Bottom Of The
Sea”. Em maio entram o baixista Joe Drunk e o guitarrista Phil Rusk. Allan sai
da clínica em junho, mês em que o Acid Sunrise seguiria em turnê já com ele
fora dos planos da banda. O Acid Sunrise se confirma como superbanda com o “Bottom
Of The Sea”, e Paul Konnen ainda tinha o sonho de ajudar Allan com um álbum
solo, que ficaria como uma rainha da Inglaterra, só compondo, mas evitando os
problemas das turnês profissionais que agora o Acid Sunrise estava envolvido e
com uma visão empresarial de Paul transformando tudo o que tocava em ouro.
Em novembro de 1968
Paul e Jana decidem que a banda ficaria seis meses em estúdios para o quarto
álbum, que seria um LP duplo, e que seria o ápice da carreira da banda. Nesse
ínterim, Paul encontra tempo e produz um disco solo de Allan Kautner, “Diaries”,
que tem músicas interessantes, mas que não vende bem, e o Acid Sunrise virando
só uma mágoa na biografia de Allan, que se sentia abandonado e revoltado, mesmo
com as atenções fraternas de Paul, seu velho amigo de infância e de escola,
desde o infanto-juvenil Sketches.
Jana, por sua vez,
se recusava a tomar conhecimento de tudo que vinha do assunto “Allan Kautner”.
O álbum duplo de Acid Sunrise é composto quase todo pela dupla Paul Konnen e
Jana James, resultando na obra prima lançada em junho de 1969 “Soft Paradise”.
Com um show antológico no festival de Woodstock em agosto do mesmo ano.
Enquanto isso, Allan
Kautner tinha um álbum solo na mão, mas voltava a dar sinais de que não estava
bem. Sua depressão com a saída do Acid Sunrise era toda depositada em Jana
James, mas Paul Konnen escolheu Jana, e ficava o tempo todo equilibrando dois
pratos, e um para ele estava quebrado, e ele resolveu ficar com o que estava
funcionando, pois sua visão de superbanda exigia cabeças poderosas, e não pessoas sucumbindo, como era o caso de Allan. Jana
James era a melhor parceira profissional de Paul Konnen, e Allan Kautner era o
amigo de infância de Paul Konnen que o mesmo tinha que, de tempos em tempos,
conferir para ver se estava tudo bem, e não estava nada bem o que Allan fazia e
pensava da vida.
Neste tempo o LP
duplo “Soft Paradise” resulta no melhor trabalho da banda, e isso depois da
fase boa, enquanto durou, com Allan, e os místicos álbuns “California Feelings”
e “Station Fun”, e o conturbado, mas de bom rendimento “Bottom Of The Sea”.
Em janeiro de 1970
Allan Kautner tem uma overdose de heroína, foi quando Paul Konnen descobriu que
seu amigo tinha caído na armadilha de Keith Black. O LSD era o medo da loucura
e a heroína era o medo da morte, e Paul sabia que Allan agora estava “fodido”.
Em 1970 Paul Konnen
já tinha deixado o LSD para trás, e se satisfazia de vinho e maconha como Jana
James. Pela primeira vez Jana sente pena ao invés de raiva de Allan, quando
soube de sua nova internação, pois ela podia achá-lo um merda e tudo o mais,
mas não queria que ninguém morresse. E ela lembrava que Keith Black, o cara
mais divertido e melhor músico do Acid Sunrise tinha sido levado pelo “horse”
(heroína) do Jazz.
Jana decide visitar
Allan junto com Paul. Ela não via pessoalmente Allan desde sua saída da banda,
ou desde a briga no velório de Keith. Jana encontra Allan todo entubado e tem
uma crise de choro. Paul Konnen ao pegar no braço de Allan vê que o mesmo
acorda assustado e aperta sua mão com força, bom sinal, Allan não morreria.
Allan melhora e vai para casa. Logo recebe outra visita, desta vez de toda a
banda do Acid Sunrise, aquilo era para ver se ele melhorava do baque e acordava
para uma nova vida, mas era só uma tentativa, e falhou, pois em abril de 1970,
depois de uma festa regada a LSD, Allan Kautner quase morre afogado depois de
nadar sem destino numa praia em plena viagem de ácido. É salvo mais uma vez, mas
depois disso passa um ano inteiro enfurnado no quarto de sua casa vendo
televisão, fumando maconha e tomando LSD, até que Paul Konnen vai visitá-lo já
em dezembro de 1971, na véspera do Natal, e Allan surpreende Paul com uma
estória mirabolante de que estava construindo uma nave.
Paul percebe na hora
que ele não estava bem, e vai conversar com os pais de Allan, e com o pai de
Allan, que conhecia Paul desde os tempos do Sketches e dos ensaios na garagem
de sua mansão, pede que ele prestasse mais atenção em Allan, que vivia
abandonado em outra casa e que o mesmo começava a “inventar estórias”.
Paul tinha visto que
a nave de Allan não era nada, era um amontoado de peças de metal fundido, uma
bagunça que ele havia feito na sala e em seu QG, o quarto. Em 1972 sai mais um
LP do Acid Sunrise, “New Toys”, um álbum menos ambicioso que o duplo “Soft
Paradise” e completamente experimental, como uma espécie de jam session. E Paul
Konnen tem a ideia de produzir mais um disco de Allan Kautner, para ver se ele
saía de seu mundo particular e de sua dita “nave”. O resultado é caótico, o
álbum “Addiction” é todo produzido e ajudado caridosamente por Paul, mas Allan
estava numa degradação que trouxe até Jana James para os estúdios para dar uma
força, a briga entre Allan e Jana já havia acabado, pois agora Allan era
monossilábico e perturbadoramente introspectivo.
“New Toys”, enquanto
isso, não era para fazer o sucesso de “Soft Paradise”, e sua turnê foi em
lugares menores e festivais alternativos com bandas iniciantes. Em 1973 Paul
Konnen grava seu álbum solo, com muito blues e se distanciando um pouco da
psicodelia reinante no Acid Sunrise. Jana James também grava, um concerto para
piano, mostrando sua faceta ainda desconhecida do grande público de musicista
erudita.
“Addiction”
naufraga, Allan Kautner desta vez é meio que deixado de lado, finalmente, por
Paul Konnen, que não conseguira, depois de esforços homéricos, dissuadir Allan
de seus delírios, e o pai de Allan sabia que interná-lo seria pior, ele era um
caso específico, ainda produzia música, mas no meio de incensos e conversas com
extraterrestres.
Enquanto isso, “Diaries”
e “Addiction” viram peças de colecionadores, e às vezes tinha uma romaria que
perseguia o mítico e recluso Allan Kautner, que só assim deixava alguém entrar no
seu palácio, uma mansão que era também de seu pai, e na qual ele morava
sozinho, com incensos, maconha, LSD, heroína, e peças de metal retorcido que
ele mostrava para seus fãs romeiros como a sua nave espacial.
Um fã em especial
consegue ter acesso maior às viagens de Allan Kautner e grava um depoimento do
mesmo com a tal estória da nave, consegue contato com Paul Konnen. Mas, Paul
não recebe bem aquela exploração e dá ordens expressas para a polícia para que
aqueles romeiros deixassem Allan Kautner em paz. O fã resolve publicar um livro
chamado “A Nave” e é logo processado por Paul Konnen, que ganha a ação e o
livro é retido imediatamente. Mais uma vez, o tal livro vira peça de colecionadores
e apreciadores das histórias bizarras do rock.
Em 1974, o Acid
Sunrise volta-se a mais um projeto ambicioso, o “New Toys” daria lugar a uma
transição da banda da psicodelia para uma linguagem mais pop, a mística de “California
Feelings” até o grande boom de “Soft Paradise”, dando uma parada na jam session
de “New Toys” teria agora um grande salto para o mainstream, decisão feita
entre Paul Konnen e Jana James, os chefes da banda.
Jana James decide
então que o produtor Victor Bailey seria substituído por ela mesma como
produtora, e Paul Konnen que sabia que os conhecimentos de Jana de música
erudita e de sua experiência como produtora com bandas de São Francisco no fim
da década de 60, em meio aos trabalhos místicos da primeira fase do Acid
Sunrise, ainda com Allan Kautner, a credenciavam para tal, agora a banda Acid
Sunrise teria, pela primeira vez, controle absoluto por todo o processo criativo
deste novo álbum, já que a RCA Victor sabia que era melhor deixar com a banda
do que com a própria gravadora os ditames que seriam colocados para a
composição, produção e tudo o mais que representasse o trabalho do Acid
Sunrise.
Depois de um ano
inteiro de experiências, gravações, produção incessante, um trabalho minucioso
de masterização, em fevereiro de 1975 sai o pop álbum “Machine”. O álbum é o
mais vendido da história do Acid Sunrise, superando até mesmo o “Soft Paradise”.
Em julho de 1975, em meio a turnê do Acid Sunrise, Allan Kautner tem outra
overdose de heroína. Ele é encontrado desacordado em seu quarto pelo caseiro da
mansão.
O caseiro diz que
aquele palácio de Allan era uma bagunça total, não se podia andar na sala
grande sem tropeçar num pedaço de metal ou por brinquedos montados
aleatoriamente pela mente insana de Allan Kautner. E no meio disso havia uns
quinze violões, sete guitarras, e um gravador em que se descobriu dezoito horas
de composições caóticas e sem nexo. No topo da sala, um cartaz colado com os
dizeres “A Nave”. No quarto, três televisões ligadas ao mesmo tempo, e um som
com Acid Sunrise na vitrola, ou o que Allan queria que fosse sempre seu, o
álbum “California Feelings”.
Allan Kautner desta
vez teve que ser internado, aquela brincadeira toda na mansão estava ficando perigosa,
pois tinha uma coisinha chamada heroína no meio daquele caos. Allan fica três
meses em tratamento e volta para a mansão em outubro de 1975. A turnê de “Machine”
para o Acid Sunrise rende uma fortuna para os músicos, e Paul Konnen e Jana
James decidem que era esse o caminho, em 1976 dariam continuidade a novas investidas
no mainstream, com a psicodelia como sua imagem cool que havia se encerrado em “New
Toys”.
Desta vez, no
retorno de Allan Kautner, seu pai decide colocar dois enfermeiros particulares
para tomar conta de Allan para que ele não ficasse sozinho “fazendo o que
quisesse”. Em dezembro de 1975, ao fim da turnê de “Machine”, Paul Konnen e
Jana James vão visitar Allan Kautner em sua mansão, e encontram aquele cenário
de guerra, caótico, e descobrem que Allan havia subornado os dois enfermeiros
com um salário mensal extra para deixá-lo à vontade na mansão com seus
divertimentos, o que significava: LSD, heroína, composições malucas para o
gravador, incensos acesos por toda parte, desenhos nas paredes, brinquedos
bizarros montados na hora, e tudo para o seu projeto “A Nave”, obsessão que
tomava o tempo de Allan, já numa viagem de LSD permanente, além de doze
televisões ligadas no volume máximo com programações variadas. E o álbum “California
Feelings” na vitrola como sempre, o que levou Jana e Paul às lágrimas.
Mas, os dois
decidiram que não fariam nada e nem avisariam nada ao pai de Allan, pois se era
para Allan Kautner morrer, que ele morresse feliz e se divertindo, do jeito
dele. O que viria a acontecer sete meses depois, em julho de 1976, quando Paul
Konnen e Jana James gravavam com o Acid Sunrise o seguimento de “Machine” nos estúdios
da RCA Victor.
O fato de “A Nave”
se concretizaria numa visão alucinada de Allan Kautner, ele estava no telhado
da mansão de três andares, cismou que seria abduzido ali, tinha tomado dez
papéis de LSD, subiu ao telhado e viu uma abóbada branca e luminosa se
aproximar dele, se jogou em direção à luz e sentiu seu corpo flutuar.
Na realidade ele
caiu do telhado e bateu a cabeça no gramado do quintal, morrendo de traumatismo
craniano. A notícia correu como rastilho de pólvora e logo veio aquela romaria
típica que sempre o cercou, desta vez com a imprensa, e os músicos do Acid
Sunrise consternados. Allan Kautner fez a sua última viagem, não foi levado
pela heroína, mas por um disco voador imaginário, “A Nave”, estava pronto o
projeto de Allan Kautner, e “California Feelings” tocava no volume máximo na
sala da mansão.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Conto – 05/11/2015