Ah, estes sapatos me apertam os pés!
Este terno bem cortado
me sufoca!
Na beca, ao estilo escorreito
de poeta-esteta,
de escritor-estrela,
ah, como sou bobo ao ler
o que está lá,
no horizonte
do silêncio
profundo.
Me digo poeta como um devedor
de sonhos.
Me sonho escritor como um credor
de realismos cotidianos.
Já que devo à minha alma
um pouco de sedução,
que as bocas falem menos
e beijem mais,
que os corpos sejam verões
de um arrebol
de porres noturnos.
06/11/2015 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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