Mixórdia aos sete ventos
dos blocos pelas ruas,
uma festa pagã de Momo
e suas prostitutas.
Devaneio, o ópio do povo
é a folia, o poema é a vida
nesta azul silente canção.
Vou de bunda em bunda
sem olhar para cima.
A multidão cheira a suor.
Da varanda vejo velhas rabugentas
jogando cerveja na minha cara.
Queria que fosse domingo ou
sexta, talvez ninguém me queira
nem na sexta e nem no bloco,
a vida folgazã não tem muito
futuro,
a vida atabalhoada é mais útil
ao sistema que regurgita
suas engrenagens
entediadas.
Meu dinheiro acabou,
comi carne vermelha no rodízio
até morrer de febre
de noite, não tinha paciência mais
para virar até de manhã
numa ressaca fodida.
11/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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