O canto do concreto absurdo é surdo.
Toleimas de uma família ignóbil,
senda de mães ignaras,
todo o tédio na minha alma,
às favas!
Não sou do mistério o meu segredo absoluto.
Não grito de madrugada
por pouca monta.
Não quero morrer sem ter nada.
Não quero nada sem ter tudo.
E do nada esta casa está imunda.
E de casa em casa nada muda!
Caçar, esmagar a grama, fumar sobretudo!
Aonde foi este sonho, Rimbaud?
De quando éramos jovens
e fazíamos sucesso
com as mulheres,
de quando éramos esbeltos
e desejados!
Não sobrou um vintém
para contar a alguém.
Estou em crise, a palavra caos
me persegue,
sou um obsediado
da poesia,
tanta coisa para viver,
e a vontade de morrer
que é o pecado do instante.
10/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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