Este amanhã me cansa.
Viver de tanto amanhã,
talvez ou depois
me cansa a esperança.
Este talvez amanhã
que vem depois
me atormenta.
Este amanhã que não vem
de hoje e que nem será
ontem, um talvez assim
que fica para se ver,
bocejos na janela
que possam esperar,
e esperando vivo assim
para depois talvez ...
e fica para amanhã
o sonho que tive ontem ...
e o talvez fica sabendo de nada
outra vez, pois amanhã ou depois
estarei lá, talvez ...
11/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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