Vou e me perco nas nuvens.
Entro e saio sem maestria.
Fico vago na cheia avenida.
Tua nua carne me leva
à tão boêmia rua.
Eu sou o fauno pagão
que atiça o desejo
que não tem regra.
Capitães navegam mares
infindos do meu poema,
eu sei de um ritmo sufocante
quando mergulho em meus
pensamentos profundos.
Notável passagem destes pássaros
que levam o meu canto náufrago
a uma paisagem santificada,
venho de imagens de mistério
no meu cadafalso prematuro,
a canção desbundada
é o meu emblema mágico
de poesia e arte.
17/06/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
MISTÉRIOS DE MIM
Não sei o que tenho que fazer,
sei de tudo sem saber porquê,
quero intensamente todas as sensações,
meu coração pula e canta.
Outro dia estarei aqui de novo,
perdendo tempo,
envelhecendo,
trocando em miúdos,
revendo sonhos,
traçando caminhos.
Certo dia estarei correto,
mais bem resolvido,
mais astuto,
menos hipotético,
longe da dúvida,
chegando ao topo,
versando o meu gozo.
Não sei perder você,
já não tenho medo,
pois o que vem de fato
é o poema sem limite,
minha dor revisitada,
uma longa estrada,
uma alma que não desiste.
15/06/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
sei de tudo sem saber porquê,
quero intensamente todas as sensações,
meu coração pula e canta.
Outro dia estarei aqui de novo,
perdendo tempo,
envelhecendo,
trocando em miúdos,
revendo sonhos,
traçando caminhos.
Certo dia estarei correto,
mais bem resolvido,
mais astuto,
menos hipotético,
longe da dúvida,
chegando ao topo,
versando o meu gozo.
Não sei perder você,
já não tenho medo,
pois o que vem de fato
é o poema sem limite,
minha dor revisitada,
uma longa estrada,
uma alma que não desiste.
15/06/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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terça-feira, 14 de junho de 2011
PRANTO DESALMADO
Calada e funda, a noite miserável.
Minha morfina em alma decantada,
faz de mim vinho tinto memorável
pelo canto do cisne em dor atormentada.
Desejos espúrios brotam da vontade,
e um lagar em campos edênicos
me vinga a carne de toda vil arte,
já posta em ritmo de sóis sinfônicos.
Perto de mim uma dama cega de paixão
canta sua dores incalculadas,
e o meu amor morre com frio de ilusão,
que do inferno cai em loucuras desazadas.
Forte foi a bebida seminal
que eu ingeri pela brava beatitude,
em céu tão tenebroso não sou marginal
que peca sem volta ao destino da juventude.
O amor que vem desesperado,
não é o amor que quero ao meu lado.
14/06/2011 Delírios
Minha morfina em alma decantada,
faz de mim vinho tinto memorável
pelo canto do cisne em dor atormentada.
Desejos espúrios brotam da vontade,
e um lagar em campos edênicos
me vinga a carne de toda vil arte,
já posta em ritmo de sóis sinfônicos.
Perto de mim uma dama cega de paixão
canta sua dores incalculadas,
e o meu amor morre com frio de ilusão,
que do inferno cai em loucuras desazadas.
Forte foi a bebida seminal
que eu ingeri pela brava beatitude,
em céu tão tenebroso não sou marginal
que peca sem volta ao destino da juventude.
O amor que vem desesperado,
não é o amor que quero ao meu lado.
14/06/2011 Delírios
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Séries Rimadas
A CANÇÃO DA DOR IMACULADA
O que se guarda das sensações
é a poesia vítrea visceral
dos anjos anárquicos
quem caem de nuvens desesperadas,
o abismo se compõe
de tais quedas
inesperadas,
e o ritmo da vida flui
como uma flor
despetalada.
Caio de muitas viagens.
Saio de mim sem ter por mim
qualquer caminho.
Vou no transe desfigurado
de uma poesia
das entranhas.
E o canto vago
é o sopro que vem
de uma canção
sem enfado.
Estranha,
multifacetada,
porém límpida
e regenerada.
14/06/2011 Delírios
é a poesia vítrea visceral
dos anjos anárquicos
quem caem de nuvens desesperadas,
o abismo se compõe
de tais quedas
inesperadas,
e o ritmo da vida flui
como uma flor
despetalada.
Caio de muitas viagens.
Saio de mim sem ter por mim
qualquer caminho.
Vou no transe desfigurado
de uma poesia
das entranhas.
E o canto vago
é o sopro que vem
de uma canção
sem enfado.
Estranha,
multifacetada,
porém límpida
e regenerada.
14/06/2011 Delírios
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domingo, 12 de junho de 2011
A MESSE DA VIDA
Penso agora como é certo
estar bem interessado
em toda sorte de aventuras.
Passo diante do jumentinho
e das águias luzentes.
Passo com o meu coração
em chamas.
Hoje tive um sonho,
e era um sonho cheio
de pétalas vermelhas
com uma mulher banhada
em sangue.
Onde pulsa a juventude
está a luz e a sombra,
onde pulsa a juventude
está o rio e o mar,
onde pulsa a juventude
está tudo.
O amor pode ser um cadáver.
O amor pode ser imortal.
O amor pode ser uma mentira,
mas é uma mentira fatal.
Penso em todas as coisas do universo,
até das coisas desconhecidas cogito,
a imaginação beira o delírio,
e a juventude é o cio da noite
até ao raiar do dia
quando o sol nos apanha.
Não morro agora.
Não morro amanhã.
Há uma estrela que me guia
para o meu lar.
És bela como a mulher devorada,
todo corpo belo tu és,
toda beleza tu és ...
não falo de fantasias somente,
eu apenas sinto o querer fervendo
de paixão.
Não quero amar para o infinito,
prefiro morrer de amor.
Não quero que seja agora
a hora fatal,
espero viver muito mais,
com a leveza da seda
em meu sorriso,
e com os teus olhos
em minha boca faminta.
Olho-te, és deusa,
te chamo de poesia,
quem tu és?
Te chamo de poesia,
poesia é destino,
sedução e castigo.
Tenho na alegria do poeta
o seu canto desvelado.
Amor ... tudo passa!
Então me esqueço,
não tenho mais mágoa,
apenas sou perdão,
o vinho é o meu escárnio,
e a carne o meu martírio.
Agora sim não é mais o sepulcro
a minha morada,
mas antes a eternidade
que vive no céu a voar.
Tudo é de Deus,
sou apenas um grão,
messe após messe,
faço a minha vida.
07/04/2010 Gustavo Bastos
estar bem interessado
em toda sorte de aventuras.
Passo diante do jumentinho
e das águias luzentes.
Passo com o meu coração
em chamas.
Hoje tive um sonho,
e era um sonho cheio
de pétalas vermelhas
com uma mulher banhada
em sangue.
Onde pulsa a juventude
está a luz e a sombra,
onde pulsa a juventude
está o rio e o mar,
onde pulsa a juventude
está tudo.
O amor pode ser um cadáver.
O amor pode ser imortal.
O amor pode ser uma mentira,
mas é uma mentira fatal.
Penso em todas as coisas do universo,
até das coisas desconhecidas cogito,
a imaginação beira o delírio,
e a juventude é o cio da noite
até ao raiar do dia
quando o sol nos apanha.
Não morro agora.
Não morro amanhã.
Há uma estrela que me guia
para o meu lar.
És bela como a mulher devorada,
todo corpo belo tu és,
toda beleza tu és ...
não falo de fantasias somente,
eu apenas sinto o querer fervendo
de paixão.
Não quero amar para o infinito,
prefiro morrer de amor.
Não quero que seja agora
a hora fatal,
espero viver muito mais,
com a leveza da seda
em meu sorriso,
e com os teus olhos
em minha boca faminta.
Olho-te, és deusa,
te chamo de poesia,
quem tu és?
Te chamo de poesia,
poesia é destino,
sedução e castigo.
Tenho na alegria do poeta
o seu canto desvelado.
Amor ... tudo passa!
Então me esqueço,
não tenho mais mágoa,
apenas sou perdão,
o vinho é o meu escárnio,
e a carne o meu martírio.
Agora sim não é mais o sepulcro
a minha morada,
mas antes a eternidade
que vive no céu a voar.
Tudo é de Deus,
sou apenas um grão,
messe após messe,
faço a minha vida.
07/04/2010 Gustavo Bastos
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DISFARCE
Quando verei no meu pranto cálido
a noite cair com a chuva?
Quando será o meu coração
por alguém descoberto?
As almas todas vivem na ciranda
da vida, e tais são as almas
a verdade do silêncio
em negror profundo
como o abismo dos sentimentos.
Eu que digo que ainda não é tarde,
que antes da madrugada
há sempre um pensamento pronto
ao verso para manifestar
o que há de sentido
para todo o caos da vida.
Quando? Quando, então?
Sei bem pouco de amar,
e muito menos de ser amado,
sou um péssimo amante
disfarçado de poeta.
07/04/2010 Gustavo Bastos
a noite cair com a chuva?
Quando será o meu coração
por alguém descoberto?
As almas todas vivem na ciranda
da vida, e tais são as almas
a verdade do silêncio
em negror profundo
como o abismo dos sentimentos.
Eu que digo que ainda não é tarde,
que antes da madrugada
há sempre um pensamento pronto
ao verso para manifestar
o que há de sentido
para todo o caos da vida.
Quando? Quando, então?
Sei bem pouco de amar,
e muito menos de ser amado,
sou um péssimo amante
disfarçado de poeta.
07/04/2010 Gustavo Bastos
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THE FEELINGS OF TOMORROW
When my eyes are opened,
I feel today like yesterday,
I like to swim in my heart
and get my tools
to break all the places.
I got so high these days,
I feel today like yesterday,
so I don`t pay for the priceless soul, then.
My selfish way got the design
of release,
from my desk I cannot write
the wright way I do love ...
What the hell?
Heart is pain, pain is peacefully
my feelings over my turns.
I feel today like yesterday,
and tomorrow I`ll never say.
02/04/2010 Gustavo Bastos
I feel today like yesterday,
I like to swim in my heart
and get my tools
to break all the places.
I got so high these days,
I feel today like yesterday,
so I don`t pay for the priceless soul, then.
My selfish way got the design
of release,
from my desk I cannot write
the wright way I do love ...
What the hell?
Heart is pain, pain is peacefully
my feelings over my turns.
I feel today like yesterday,
and tomorrow I`ll never say.
02/04/2010 Gustavo Bastos
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A VIDA É UM SOPRO
Considero que a chance de viver
por mais que a dor pungente
nos doa, é o maior desafio´
para todos os que estão no mundo.
Concordo que nada é perfeito.
Mas qual seria a graça da perfeição
sem os nossos defeitos?
Vamos vivendo, seguindo sem rumo
o que nos acomete no árduo caminho
com o qual nos damos de súbito.
Para qualquer um é a mesma vida
com as várias possíveis chegadas,
já que das partidas todos começam
pelo inescapável choro ao nascer,
e quando morremos,
poderemos ver se há o outro lado do mundo,
e se houver, descobriremos
que somos eternos
e não carne de vermes.
Eis que nada é surpresa,
o corpo fica nu na madrugada,
e o tédio é a companhia
dos que não têm nada.
Ora, este é o consolo:
A vida é um sopro,
já disseram isso antes ...
01/04/2010 Gustavo Bastos
por mais que a dor pungente
nos doa, é o maior desafio´
para todos os que estão no mundo.
Concordo que nada é perfeito.
Mas qual seria a graça da perfeição
sem os nossos defeitos?
Vamos vivendo, seguindo sem rumo
o que nos acomete no árduo caminho
com o qual nos damos de súbito.
Para qualquer um é a mesma vida
com as várias possíveis chegadas,
já que das partidas todos começam
pelo inescapável choro ao nascer,
e quando morremos,
poderemos ver se há o outro lado do mundo,
e se houver, descobriremos
que somos eternos
e não carne de vermes.
Eis que nada é surpresa,
o corpo fica nu na madrugada,
e o tédio é a companhia
dos que não têm nada.
Ora, este é o consolo:
A vida é um sopro,
já disseram isso antes ...
01/04/2010 Gustavo Bastos
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DESPEDIDA
Vai-te agora e não fale mais comigo,
pois a noite envolve toda mentira,
e o amor que nunca foi meu
passou ao ódio e ao rancor,
mas esta febre passa,
como passou o torpor.
Vai-te para nunca mais e bem longe.
Tua carne eu nunca quis,
um belo corpo
não vale mais
que um poema qualquer,
e eu sou louco pela miragem
que há no delírio de todo prazer.
Vai-te para o inferno,
que eu escolho o meu destino.
A vida é uma perdição dos sentidos,
e só a fé me fortalece,
depois de uma luxúria fria
e sem valor.
Vai-te para o tédio dos teus dias,
e me deixa com a minha caduquice
de poeta trágico
e pronto para a peleja
de ser o que sou.
Este poema é a veia fatal,
este poema é o vinho da vida,
e aqui me tenho como um jogral.
Vai-te então, e não olhes para atrás,
aqui eu fico e te desejo boa sorte,
o paraíso do amor é a messe do futuro.
05/03/2010 Gustavo Bastos
pois a noite envolve toda mentira,
e o amor que nunca foi meu
passou ao ódio e ao rancor,
mas esta febre passa,
como passou o torpor.
Vai-te para nunca mais e bem longe.
Tua carne eu nunca quis,
um belo corpo
não vale mais
que um poema qualquer,
e eu sou louco pela miragem
que há no delírio de todo prazer.
Vai-te para o inferno,
que eu escolho o meu destino.
A vida é uma perdição dos sentidos,
e só a fé me fortalece,
depois de uma luxúria fria
e sem valor.
Vai-te para o tédio dos teus dias,
e me deixa com a minha caduquice
de poeta trágico
e pronto para a peleja
de ser o que sou.
Este poema é a veia fatal,
este poema é o vinho da vida,
e aqui me tenho como um jogral.
Vai-te então, e não olhes para atrás,
aqui eu fico e te desejo boa sorte,
o paraíso do amor é a messe do futuro.
05/03/2010 Gustavo Bastos
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PURIFICAÇÃO
Olhe para o céu,
deixe que a vaga te afogue
até ao mar do sopro divino.
Do espelho não tenho mais a mágoa,
o espírito de rebelião
não me toma mais o coração,
sou da paz e com a paz quero ficar.
Faço a minha aliança com Deus.
E deste dia do qual não mais
tenho as lágrimas,
me dá o sal e o sol
que na nuvem e no solo
são olhos voltados ao puro amor.
04/03/2010 Gustavo Bastos
deixe que a vaga te afogue
até ao mar do sopro divino.
Do espelho não tenho mais a mágoa,
o espírito de rebelião
não me toma mais o coração,
sou da paz e com a paz quero ficar.
Faço a minha aliança com Deus.
E deste dia do qual não mais
tenho as lágrimas,
me dá o sal e o sol
que na nuvem e no solo
são olhos voltados ao puro amor.
04/03/2010 Gustavo Bastos
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POEMA DO IRMÃO PARA A IRMÃ
O que posso falar de você?
Tanto em tão pouco tempo,
desde a minha infância
com a tua companhia,
é sempre aquela voz sensata
que me tira do abismo,
abre-se o meu coração
e nele confesso que te adoro muito.
Olívia, minha irmã querida,
não sei ao certo de onde
o infinito nos pôs lado a lado,
mas é bom estar contigo,
de todo calvário e bênçãos
pelos quais passei,
tu sempre me mostravas
o grande caminho por se percorrer,
e a minha nau ferida
cicatrizava na tua voz de equilíbrio.
Irmã, velha companheira
desta jornada da vida,
meu deleite é ser do teu sangue,
meu deleite é dizer que te amo demais,
pois não somos apenas carne,
mas temos almas próximas
e que se completam.
Que a minha fé te cubra de bênçãos,
desde sempre o teu querido irmão
te quer bem e plena de vigor,
seja este poema apenas
um lembrete do que eu
sinto por você,
é um prazer tê-la
na minha vida,
vida eterna
até ao céu sem fim,
estaremos confiantes
e confidentes,
unidos pelo coração verdadeiro
e cheios de mútua admiração,
quero você comigo
para sempre.
03/03/2010 Gustavo Bastos
(poema feito em homenagem à minha irmã mais velha, Olívia Fürst Bastos)
Tanto em tão pouco tempo,
desde a minha infância
com a tua companhia,
é sempre aquela voz sensata
que me tira do abismo,
abre-se o meu coração
e nele confesso que te adoro muito.
Olívia, minha irmã querida,
não sei ao certo de onde
o infinito nos pôs lado a lado,
mas é bom estar contigo,
de todo calvário e bênçãos
pelos quais passei,
tu sempre me mostravas
o grande caminho por se percorrer,
e a minha nau ferida
cicatrizava na tua voz de equilíbrio.
Irmã, velha companheira
desta jornada da vida,
meu deleite é ser do teu sangue,
meu deleite é dizer que te amo demais,
pois não somos apenas carne,
mas temos almas próximas
e que se completam.
Que a minha fé te cubra de bênçãos,
desde sempre o teu querido irmão
te quer bem e plena de vigor,
seja este poema apenas
um lembrete do que eu
sinto por você,
é um prazer tê-la
na minha vida,
vida eterna
até ao céu sem fim,
estaremos confiantes
e confidentes,
unidos pelo coração verdadeiro
e cheios de mútua admiração,
quero você comigo
para sempre.
03/03/2010 Gustavo Bastos
(poema feito em homenagem à minha irmã mais velha, Olívia Fürst Bastos)
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