Vai-te agora e não fale mais comigo,
pois a noite envolve toda mentira,
e o amor que nunca foi meu
passou ao ódio e ao rancor,
mas esta febre passa,
como passou o torpor.
Vai-te para nunca mais e bem longe.
Tua carne eu nunca quis,
um belo corpo
não vale mais
que um poema qualquer,
e eu sou louco pela miragem
que há no delírio de todo prazer.
Vai-te para o inferno,
que eu escolho o meu destino.
A vida é uma perdição dos sentidos,
e só a fé me fortalece,
depois de uma luxúria fria
e sem valor.
Vai-te para o tédio dos teus dias,
e me deixa com a minha caduquice
de poeta trágico
e pronto para a peleja
de ser o que sou.
Este poema é a veia fatal,
este poema é o vinho da vida,
e aqui me tenho como um jogral.
Vai-te então, e não olhes para atrás,
aqui eu fico e te desejo boa sorte,
o paraíso do amor é a messe do futuro.
05/03/2010 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
Há 2 semanas
A vida é feita de escolhas, e cada um tem o direito de fazer as suas. O importante é ser autêntico, escolher o caminho que deseja, mesmo que este não agrade aos outros. Grande abraço
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