Calada e funda, a noite miserável.
Minha morfina em alma decantada,
faz de mim vinho tinto memorável
pelo canto do cisne em dor atormentada.
Desejos espúrios brotam da vontade,
e um lagar em campos edênicos
me vinga a carne de toda vil arte,
já posta em ritmo de sóis sinfônicos.
Perto de mim uma dama cega de paixão
canta sua dores incalculadas,
e o meu amor morre com frio de ilusão,
que do inferno cai em loucuras desazadas.
Forte foi a bebida seminal
que eu ingeri pela brava beatitude,
em céu tão tenebroso não sou marginal
que peca sem volta ao destino da juventude.
O amor que vem desesperado,
não é o amor que quero ao meu lado.
14/06/2011 Delírios
Quem sou eu?
Há 2 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário