Logo a noite fugirá em meu espectro de morte,
tez de alabastro, como o mago
inquieto que dorme na passagem
de Caronte.
Eis, que o novilúnio, contemplando daqui,
requer o espírito clarividente,
em todo o seu esplendor.
E o sol fervente,
dentro do coração amassado,
ressurge como a glória faustosa,
retoma os direitos
ao corpo inerme,
soterra a paixão de caldo viril,
solfeja uma atração gravitacional
entre os sexos astutos
de filosofia,
delimitei este campo fértil:
quinze mil côvados,
tenho talentos e dobrões
aos montes,
do templo à arca,
tudo medido em ponta de cimitarra,
das terras que conquistei,
guarnecidas de maná
e bebida forte.
09/10/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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