Como se era eterno jovem,
já velho, no entanto ...
quanto revés de si ao mundo
e a sorte estampada
no oco da figura,
bem vestida,
bem apessoada,
sim, fundamental.
Quem, da penumbra,
sabe dos meus olhos?
Se ali há fogo e encanto,
e o fundo de lágrima
e ódio?
Ah, como era o amor náutico?
Ah, como foi teu pudor e obscenidades?
Se é químico, líquido, aquático?
Ai, que de fundo psicótico
cai meu indolor azul cobalto,
febre amarelo pastel
de âmbar
e fuligens
de escapamento.
Dói ver o semblante triste
do poema,
é de terra e areia
a praia mais dormente,
de beira relaxada
com a onda lambendo
meu corpo
de sal.
08/10/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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