Longos sussurros, lúgubre e terrível praga,
Bem vestida nas mortalhas,
Que nem sumária vida que esmaga,
De véus encobrindo as fornalhas.
O uivo que se esconde temido,
No vão alarido dos rastros,
Faz lenta a procissão dos astros,
E cuida de levantar o gemido.
Tão furiosos os descampados,
Nos mantos alvos dos pecadores,
Que sorriem desta voz de horrores,
Quando o encanto faz mesclados.
Tanta veia desejada aos ossos,
Que permeia suntuosa festa lívida,
Bem vivida esperança cálida,
Nos falecimentos dos fundos poços.
O cálice sagrado se derrama quente,
Nos esteios, nos seios de mães pátrias.
Revela potência e ardil veemente,
Pelos registros de matizes várias.
Os passeios deste fundo ouro,
Que ouve o tilintar da métrica rústica,
Defende um temeroso vindouro,
Vigário esquecido da oração e da música.
As miragens, as fantasias do coração plácido,
Poema tão grave no seu labor.
Tal cálice desgarrado se torna amor,
Tal ventre que pariu o susto mágico.
Sentir a vida essencial da maré cheia,
Sem ver o cantar das vitórias tristes.
Uns vencidos pelas mãos tortas dos chistes,
Surpresas amigáveis da volúpia da veia.
Como a vileza suposta de um debandado,
Que fugia como lesma corriqueira e hostil,
Nos traços das pelejas do vinho gentil,
Rígida corrente puxava o que ficou velado.
Cálice sentido, que me afoga prazeres.
Motim desanda atroz como esquecimento,
E traz das esferas o esperado momento,
Que as fúrias infantis denotam às vezes.
Quem bebe de teu sangue, ó cruel facada?
Que tanto busca incomparável poesia finda,
De um motor que murmura uma morada,
Vertical e pedregosa estrada linda.
É o cálice uma beberagem de ébrios,
Para despertar as vulcânicas meditações,
Nas noites pelos áureos lampejos de corações,
Que calam depois de conquistadores velhos.
Por que Vargas Pode ser Chamado de Fascista?
Há uma semana
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