Eu sou uma besta.
Uma noite estapafúrdia
e meus pulmões soltam
espuma de inalantes.
Conversei com anciãos
a minha verdade nua:
"Comi algumas bucetas
e gostei de gozar
na cara de uma menina."
Não que eu tenha que me explicar.
Eu nunca me expliquei.
Eu fiz, e mesmo errado
eu não me arrependo.
A confissão poética
é um sintoma de minha
condição bipolar,
escrevo medonhamente
alguns dias
e pronto!
Lá vai um ser humano
de cantigas impróprias
para menores,
por isso converso com os velhos,
eles são como fantasmas do olimpo
que sabem vários macetes
de como se manter vivo
até os cem anos,
e eu sou uma besta
de quase trinta.
19/07/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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