Eu perco o meu equilíbrio
frente ao naufrágio do tempo.
Desde o tempo recoberto de lama,
desde o tempo incriado que é Deus.
Acordei ao som estridente do riso
de uma feiticeira,
caí e saí correndo desesperado,
comecei a voar através
da massa ignota das ruas,
passei perto da morte
com uma sorte inabalável
de permanecer vivo.
Eu era o meu cadáver em canção pueril.
A feiticeira me rogava pragas
e eu me defendia com sortilégios
de uma mitologia esquecida.
O ardor do poema beira o delírio.
A gema de ametista brilha
no sonho esquizoide
de uma turba em minha
cabeça.
A feiticeira me levou às lendas
do mundo subterrâneo,
e eu fui ao livramento das sensações
como se tivesse me drogado sem parar
por duas semanas.
17/07/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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