Um homem que perde a sua razão
não está brincando de viver,
sua alma entorpece o seu corpo,
sua loucura amortece a sua queda,
seu coração pulsa selvageria.
Este homem é posto à prova
para bendizer suas ambições,
a casa tão pacata torna-se em caos,
a vida que então procrastinava
explode em suas mãos atadas
em fogo de sede sedenta.
A razão é a desrazão,
o caminho é o início em seu fim
especulado e desejado,
o corpo se oferece ao holocausto,
a filosofia desaparece na névoa.
A neve em seus olhos
revelam a frieza destes dias.
A reclusão de seu cadafalso
é a reflexão de seu coração
em pura agonia.
Senhor, por que hei pecado?
Ou uma bruma semeada de êxtase
em sinistras estações.
O meu corpo é o meu suplício,
a minha queda é o meu sacrifício.
18/07/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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