O sangue vermelho na pálida poesia
tem de um canto seu estro potente.
Dança a clava de horizonte febril.
Das nuances rebuscadas
guarda o volteio da harmonia,
corre melíflua doce melodia,
reina no vinho das delícias,
urge em seu ventre
o poema das maravilhas
que o poeta nos conta.
A selva dos martírios
irrompe como um brasão
de heráldica vulcânica.
A tempestade mostra seu brado
para os que se afogam
em escuridão.
O olho de Deus triangula
como verdade maçônica
num tempo recôndito
da imaginação.
Os poetas sabem do sangue
que ferve na pena
pronto para explodir,
se assim não o fosse,
a veia e a verve
não trariam poesia.
28/01/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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