Na rua a piada era a mesma de sempre:
Vivemos como malandros,
seremos sempre moleques,
a vida vai na estrada
cantando nua toda vitória.
Eu quero te contar, de quando
morri na linha do trem,
corria por aí um boato de que
meu corpo tinha se esvaido,
não sei de quantas cicatrizes
ele se rompeu,
abra-te sésamo foi um surto,
o sol estava negro,
a lua estava no chão
do meu quarto.
Olhos parabólicos,
o Uno do mistério,
a queda de Lúcifer,
o céu em chamas,
meu poema de luto.
Vou seguindo resoluto
pela paz do meu bem,
vou seguindo na paisagem
procurando alguém.
Mas o sol se pôs,
a linha do tempo continua,
e eu sou cantor.
27/01/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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