Tão perto quanto deseja o meu desejo,
tenho audácia no peito
e vejo tão clara nuvem
e uma flor vermelha
no coração da donzela,
e aqui vão mil palavras,
tudo indo com espanto e admiração.
Tão longe o vento navegante ...
que de sonhos e delírios
clareou o dia e escureceu a noite,
que planejou o infortúnio do destino
e as vagas da liberdade,
que furtou a riqueza para um céu particular
no paraíso imaginário,
jardim edênico que invade o tempo,
flor descalça, mulher que flutua,
tão devassa e tão nua,
que entre eu e ela
exista a distância do infinito,
e que o futuro seja agora,
como a hora do último suspiro.
12/06/2010 Gustavo Bastos
domingo, 26 de junho de 2011
VIAGEM PARA O FUNDO
A casa mal amada dos olhos meus
está na neblina do olvido.
Quero ferir o coração
em tenebrosa nuvem escura,
e dardejar o pranto
com o eclipse do tempo
mal contado do relógio.
Sou o trigo desta terra bendita.
Caio num sopro pelo infinito
de navios e cais.
Tenho em minha varanda
o sol sempre sonoro
de uma lama vermelha
do crepúsculo final.
O ventre de uma vil fêmea
não me fez alegre e nem homem
viril.
Sou vítima do ardil suicida
da tempestade da bomba,
um serviçal do agouro
para a metafísica das sombras,
o exílio fumegante
da dor carnal esquartejada
pelo ódio dos soldados
ao pé da montanha negra
dos meus ares imaginários.
Cada queda fazia o meu poema,
e eu vivia de onde o mar era oceano.
Pelo canto fatal eu não dormia,
e era a manhã de um cinza pálido
que depois a aurora cobriria
de arrebol em todos os lares,
e as antenas e satélites
tomariam fôlego
para a imagem etérea do dia
e o fim funesto da noite.
Eu queria como queria deitar
na várzea sob um signo de espanto,
e matar os bois para um apetite
devorador e eterno.
Não terei que me fazer poeta
por estes estertores e devaneios,
sendo isto, a sombra transcendente,
o meu silêncio para o nada.
Desta casa e desta varanda,
sonho com um coração imenso
donde se tem uma visão da praia
em que posso beijar o mar,
e deste imenso da imensidão,
mergulhar para o profundo
do qual ninguém sabe voltar.
07/06/2010 Gustavo Bastos
está na neblina do olvido.
Quero ferir o coração
em tenebrosa nuvem escura,
e dardejar o pranto
com o eclipse do tempo
mal contado do relógio.
Sou o trigo desta terra bendita.
Caio num sopro pelo infinito
de navios e cais.
Tenho em minha varanda
o sol sempre sonoro
de uma lama vermelha
do crepúsculo final.
O ventre de uma vil fêmea
não me fez alegre e nem homem
viril.
Sou vítima do ardil suicida
da tempestade da bomba,
um serviçal do agouro
para a metafísica das sombras,
o exílio fumegante
da dor carnal esquartejada
pelo ódio dos soldados
ao pé da montanha negra
dos meus ares imaginários.
Cada queda fazia o meu poema,
e eu vivia de onde o mar era oceano.
Pelo canto fatal eu não dormia,
e era a manhã de um cinza pálido
que depois a aurora cobriria
de arrebol em todos os lares,
e as antenas e satélites
tomariam fôlego
para a imagem etérea do dia
e o fim funesto da noite.
Eu queria como queria deitar
na várzea sob um signo de espanto,
e matar os bois para um apetite
devorador e eterno.
Não terei que me fazer poeta
por estes estertores e devaneios,
sendo isto, a sombra transcendente,
o meu silêncio para o nada.
Desta casa e desta varanda,
sonho com um coração imenso
donde se tem uma visão da praia
em que posso beijar o mar,
e deste imenso da imensidão,
mergulhar para o profundo
do qual ninguém sabe voltar.
07/06/2010 Gustavo Bastos
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ESQUECER E LEMBRAR
Cresce o pântano no jardim das flores,
minhas dores são como frutas que caem
e apodrecem no chão,
meu amores são como enganos
trancafiados no porão.
Eu quero ser este que existe.
Não sou perfeito e nem orgulhoso,
sou um fundo sem fim de vários mundos.
Hoje não fez sol,
eu adoro a chuva na janela
enquanto ouço músicas velhas
da época de meu pai.
O jardim das flores foi-se embora
com os ardores ...
eu não sei onde é o meu fim,
se nem lembro quando nasci ...
05/06/2010 Gustavo Bastos
minhas dores são como frutas que caem
e apodrecem no chão,
meu amores são como enganos
trancafiados no porão.
Eu quero ser este que existe.
Não sou perfeito e nem orgulhoso,
sou um fundo sem fim de vários mundos.
Hoje não fez sol,
eu adoro a chuva na janela
enquanto ouço músicas velhas
da época de meu pai.
O jardim das flores foi-se embora
com os ardores ...
eu não sei onde é o meu fim,
se nem lembro quando nasci ...
05/06/2010 Gustavo Bastos
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A PEDRA E O SER
A pedra é a verdade bruta
da dor semeada pela angústia.
Estou alegre de não perder
a minha crença no porvir,
mas não quero que a vida
se perca numa loucura sombria.
A pedra é a imagem imóvel
que nos diz ser sempre a mesma,
enquanto as vidas acabam
está lá toda a sua indiferença.
Mas não é de todo mal
encontrar-se diante deste
sepulcro silente
que ignora a existência.
31/05/2010 Gustavo Bastos
da dor semeada pela angústia.
Estou alegre de não perder
a minha crença no porvir,
mas não quero que a vida
se perca numa loucura sombria.
A pedra é a imagem imóvel
que nos diz ser sempre a mesma,
enquanto as vidas acabam
está lá toda a sua indiferença.
Mas não é de todo mal
encontrar-se diante deste
sepulcro silente
que ignora a existência.
31/05/2010 Gustavo Bastos
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WHERE THE WIND BLOWS
I can`t stand my eyes,
so drunk to be free.
I don`t pay for my reasons today.
Next time I want to kill the pain.
As fast as I can,
I`m gonna dive
with my wine
where the wind
blows.
31/05/2010 Gustavo Bastos
so drunk to be free.
I don`t pay for my reasons today.
Next time I want to kill the pain.
As fast as I can,
I`m gonna dive
with my wine
where the wind
blows.
31/05/2010 Gustavo Bastos
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