Só de olhar o tempo
que se esvai ...
o certo passo que dou
é tão incerto quanto
o futuro ...
os olhos não veem nada
senão o que está na frente.
Pela manhã uma névoa densa
se propaga na imensidão do caos,
um homem se pergunta o porquê,
eu não sei explicar.
Dito de uma vez o que é a morte
não se decifra nada
da existência
que não está clara.
Eu vou por onde vou,
pecado e razão,
um pouco delirante,
sem saber o que vem
depois da queda,
sem perceber o desvão
da alma furiosa.
É por saber que nada sou
que um dia serei
o que penso em poema
e poesia.
03/06/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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