A catarse dos dias é o fogo na pista
fecho do rito liturgia penso que
o ìmã e todo ferro como o calcário
brota lida de terra e magma
Fez toda a vertigem
a visão dupla
o Dionísio velho
que bebe na litania
Barbas brancas, espumas do mar,
a luz está fria, a vigília do olho
anuncia o vendaval,
o braço está forte, as ervas
pendem do caule ao viço da seiva
Bem, este palco da peripécia
avisa avalanche desastre
terremoto um terror de piratas
bazófios blasonando ripadas
nas cabeças nos crânios
e os mares verdes e a quilha
que corta ao meio
sonhos molhados
de ditadores,
a democracia esta faca
contra corsários,
ladrões de relíquias,
ébrios dos mares,
pleiteia o vaticínio,
serás rei no principado
duque no condado
pobre na mansão,
terás febre como
um demente
que imitou
César
Kaiser
e Sultão.
Glorifica a tese suprema,
o dom divino
de ter poesia
em meio ao lodo,
de ter vida
em face da morte.
21/07/2023 - Gustavo Bastos - POESIA BRUTALISTA
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