De cada janela a babel
entende de uma forma
as mil formas
O júbilo de aqui acolá
transita qual poliedro
panóptico dos reis
governos instituições
a tristeza destes gabinetes
as janelas frias da torre
cada alma penada
e sua sina.
Olha-se a torre
de fora os infortunados
dentro, lá dentro,
enfurnados, os labores
puxam a corda até
o sufocamento.
A seiva criativa
está subjugada,
na torre de babel
se puxam os cordões,
alavancas, traquitanas,
roldanas.
As almas brutas
doem suas lidas,
destino pétreo,
congelado,
denso.
De fora da torre
o júbilo é pleno,
um jardim se estende,
e o folguedo
se delicia no sol.
Estão passeando
as crianças e se
felicitando os
nababos.
Gustavo Bastos, 21-07-2023 - POESIA BRUTALISTA
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