IV – SOMBRA
Renascer é o trovão que ecoa entre as asas da sombra.
Quem deita no trono da sombra é o olho do sol,
Eu deito e caio em mim num redemoinho de cegueira.
Ventava dentro da alma,
Rompia-se a lucidez no ar da tortura,
A mágica divina nos ínferos do sentir.
Um mar sobe sobre as asas,
A sombra me ataca,
Eu aguardei uma rosa desmaiada.
À terra perdida dos desejos ínferos,
Aos torturadores dos anjos,
À sombra que desce,
Ao ar que falta,
Uma louca cantava para mim.
Eu descia, longe da terra perdida,
Tanto que me perdia, com o tesouro que fugia.
Eu que digo: Sou a batalha nas trevas.
Esqueço que um dia fui alma.
O olhar se perde, a alma desce, desce ...
Eu quero a minha sorte,
Os olhos querem sede, têm sede,
São os olhos das trevas,
As mortais campanhas,
Que descem, que descem ...
Eu perco a visão,
Estou cego e só vejo a sombra.
Mais nada virá,
Somente fantasmas.
domingo, 29 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário