No Hotel, sob a luz mortiça
de meu plano de luminária,
eu sequei uma garrafa de vinho
no silêncio de meu quarto exíguo,
concisa foi a poesia
desta noite, apenas
uma estrela pacificada
sobre as visões
das paredes,
uma noite tranquila,
em que vi a minha face
iluminada,
dentre os ardores que
lancinavam o peito,
corri entre as sensações
com as palavras
saindo sob o jugo
da pena,
nas notas tiradas
do acorde final,
o relógio bateu
em seu ponteiro
e deixei o Hotel
com os cantos
da manhã.
30/06/2020 Gustavo Bastos
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