Que sonhos têm os poetas
na noite de sono?
Oras, nas horas em que tardo
eu erro como um flâneur,
errático no campo vasto
de boêmia,
sim, por entre as portas que
vejo, as vejo abertas
ao abismo ou ao voo,
portas estranhas ao nada
e portas certas ao futuro,
sim, eu entendo também
de janelas e elas me
fazem perceber a
minha própria
visão,
sim, claro, quando sonham
os poetas, estes não deliram,
o poema é vasto como o
infinito, um universo
em que janelas e portas
se abrem em flor.
30/06/2020 Gustavo Bastos
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
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