Peguei um trem na estação
última deste trilho,
Paris estava
em um episódio
livre na senda
da Bastilha,
eu lia novamente Baudelaire
em que me perdia no spleen
da noite tétrica,
eu vi meu vinho tinto
saborear este sonho
como um poema violeta
que voa qual águia,
diante das pinturas impressionistas
do D´Orsay, logo após
uma noite ébria, eu vi
os salões e a censura
dos que não viam
em Monet um artista,
eu reli então Baudelaire,
e na noite chuvosa
acendi meu ópio
como um refúgio
metafísico de sono.
29/06/2020 Gustavo Bastos
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