Pelo nosso fiel pássaro
ardi a manhã,
eu lia outros poetas
de tempos mortos,
lia filósofos como
quem consulta um
tipo de oráculo,
não sei de nada, estes sonhos
de viajante são muito delirantes,
corroboram apenas um dia infantil
na noite do mundo,
este mundo que dói,
este mundo doído
que corrompe,
a fuga, dentre os dias
sonhados, tece este poema
sob uma chuva de vinho tinto
nas noites bêbadas
de uma adega de navio,
o poema e seu tombo
com a carranca e
o casco que se espatifa
em minha última viagem.
29/06/2020 Gustavo Bastos
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Há 5 semanas
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