Vidas que esperam,
malfadadas vidas
de pélagos e mirantes
sem rumo,
violáceas violetas,
violentas flores
de apedeutas.
Do mar morto,
cemitério de peixes,
água viva e ouriços
do mar,
do mar sal,
do sal vítreo poesia,
canta oras e horas
vindo nu do fastígio
erva monumental
quartzo ametista
ágata topázio
esmeralda e
turmalina
Vai no veio das goivas
enrugadas da xilogravura,
o bronze se molda
na escultura,
e a manivérsia
dos costumes
são tranquibérnias
de velhacos
de alma velha.
As carótidas, intactas,
a retina e as
pupilas
lordose trombose vitupério
mormente salgado
mar impreciso
horizonte
sem olhar qualquer
coisa sem vida
a vida pulsa
o pulso
do poema
que pulsa
poderá
revelar
coisas
de maldade má fé
e depois revelar
a bondade
a cruz a fé
o riso
comédia drama tragédia
recintos alegres
de modas passageiras
Vejo em mim uma grande realidade,
poesia em mim é sempre saudade.
Mas que arde, arde de arder
todo o fogo que está na pira
e no caos dos poemas tortos.
11/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário