Sacrílegas dálias,
vingadoras orquídeas,
tulipas desoladas,
rosa impura,
sonho medonho.
Do jardim em que
jogo a minha água
nasce o girassol,
conserva em meu coração
o limbo das formas,
o segredo das cores,
as armadilhas das paixões.
A flor, vinha enamorada,
espera seu ritmo nascer
depois das folhas.
A relva, paixão nua,
olha sem entender
a primavera.
E no outono recebe
o vermelho
de uma rosa
sem pecado.
Vou plantar o meu jardim,
vou saborear as minhas flores,
meu lindo sonho vivificará
no sonho maldito
de um amor imperfeito.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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