O coração quer abarcar
o mundo.
A vida semeia sem pensar
nela mesma.
Da maçã ao licor
vivo em vinho forte!
Das águas vindouras
sou eu meu ser inteiro,
poema sem nome
na dor do mundo.
E quanto mais eu canto,
mais eu quero cantar.
Cantar o silêncio que ecoa
na margem do abismo.
Cantar o coração vazio
quando a angústia
se avizinha.
Cantar o sonho vivo
que nada morto está.
Cantar a vida, pois da vida
é que temos o dia que vem
sem ter nada mais que vida.
Louco, o poeta sabe
que já sofreu,
mas na dor não se corrompeu,
na dor ele cresceu,
e na alegoria simples
ele ficará.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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