delírio retumbante,
veredicto terminante.
Vozes sonham caladas,
são vozes abortadas,
vozes silenciadas.
Eu não tenho culpa
disso tudo.
Não deveria me furtar
a uma noite bem louca,
um suicídio heroico,
um torpor hipnotizado,
um verbo narcotizado,
e o coração convulsionado.
Não vejo o bardo em seu nardo,
a não ser quando ele
acorda,
do sonho da noite
ele desperta a saudade
da manhã.
Cedo, na doce aurora,
a sua paz vigora,
e o sabor do almíscar
termina em sândalo.
09/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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