Lembro-me de como a imaginação
de um jovem acha tudo tão fácil,
mas quem disse que tudo seria fácil?
O que ali gritava de desespero
numa dança escura
é o que hoje amadurece
como arte e filosofia.
A festa já se foi há muito,
restaram o lixo de ontem,
os jornais de ontem,
a mesa com os restos de comida,
as garrafas de vinho vazias,
o tédio como companhia
nos dias frios,
a colher de sopa manchada
de feijão,
e o silêncio reinante
no coração.
O silêncio da surdez
depois do grito.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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