Há tempos que a saudade
toca o coração no espasmo
do desespero.
Quantas hordas passam
sem olhar os seus mortos?
Vejo os milhares de olhos
da procissão,
uma gota de sangue
é encontrada
no fim da estrada.
A morte saúda seus infantes,
um canto de seus labores
é o sinal da boa aventurança
de seus pés e mãos
atarefados.
Correm saudáveis pelas ruas
no mistério do que fica.
O perigo se alastra em suas vidas,
e nunca saberão quando ou onde
descansarão.
Nobre é o esforço de seus
caminhos, outra senda
não há aos que viram
a vida pela compaixão
e pelo denodo,
são senhores de si
e do mundo.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 5 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário