A manhã já dorme calma,
pássaros não sei de onde
vigiam a sonolência
dos campos sonhadores.
Verei meu amor na planície
qual surgimento vigoroso
em cântico de triunfo,
verei meu sangue
e minha raiva espatifarem-se
como o vidro que
me persegue.
Olharei, saudável,
meu descanso na montanha
com o prazer da visão
pelo horizonte
do mundo sem fim.
Infinda caminhada,
noite estrelada,
conhecerei meus cantos doces
sem nem a força juvenil
ou a penumbra da covardia,
mas com o coração forte
de uma força madura
que já não chora de dores,
mas vence por tudo querer
e por tudo alcançar.
A noite longa da ferida já dormiu
e o pássaro já cedo acordou.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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