Os haveres de um sorriso
não morrem na praia.
O fastígio poético
edulcora a paisagem.
Finda a agonia
resta o prazer
de estar vivo.
Começada a aventura,
que enfrentemos o perigo.
A visão alcança o mundo
na pena febril,
vão e vêm os cânticos
da inspiração.
A alma nasce da lama
e vira flor no pomar
da poesia.
A noite calma invade os olhos
e na palma da mão
frutifica a vida
que é mais que ela mesma
quando vemos
que nada basta,
pois o prazer da criatura
não se esgota na criação,
o imanente insuficiente
encontra a sua ciência
no mistério da transcendência,
e assim se fazem poemas.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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