Onda fluvial, quando marítimo
é o seu desenlace.
Poema porque sim.
Dálias nascem sem nada
temer,
a saudade fria e quente
em calor de gelo,
a dor fúlgida
em peste rubra
no carmesim
do vermelho
e da pólvora.
Vida-semente, trota
sem partir,
não morre o imorredouro
de todo êxtase,
não vai embora,
amor da minha vida,
que minha fonte não seca
antes de eu viver
todo o fulgor
que meu langor
odiava,
que viverei sem tempo nenhum
senão no tempo sem paradeiro
em que a dália, mestra da poesia,
me afaga os olhos,
que antes vidrados,
acordaram e sonham
sem pensar.
05/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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