Canta a paisagem,
o ritmo vai sem vacilar,
a tolice permanece em seu lugar,
o poema dança pelas árvores,
cai de folhas de outonos fáceis,
rumoreja ventos
de sabores
e venenos.
Ora canta, a hora vazia,
aquela hora da poesia!
Não sei mais de nada,
de nada saberei
da voz astuta,
minha figura não está aí,
está em mim,
voz nua, sincera,
que em cada dia
sobrevive,
possante,
intacta,
meu corpo vê,
minha alma antevê,
e todo poema
é um corpo
que a alma
constrói,
sem mais nada,
sem vociferar.
11/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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