Eu vi o esforço da terra,
mesmerizei o contorno
e os sulcos das pedras.
Corre a fábula, lenda de terra preta,
estória de broto selvagem.
Veio o lindo sonho,
arar as arestas,
hectare por hectare,
na hecatombe que era.
Eu vi meu esgar multiplicado,
explico:
onde há terra, em volta há mar,
em terra por onde amar,
amei meus dias,
armei os lutos,
com luta envolto,
qual mar diante da terra,
mar armado de céu,
esforço, luta,
mordida de cal,
com as dores do parto,
com os olores que sinto,
pacto final
aonde amar
é arma fatal.
17/10/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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