Coroai-me deste périplo marcado,
olho atômico com flores na rebarba
dos arrabaldes revirados.
Ó linho azul como clara-vidente.
Desejai-me em teu porão de sevícias.
Longe da terracota
e dos anagramas
e dos palíndromos
paz de centopeia
em mil giros e as coxas
qual pernas
lavai-me de meu pesadelo
corre e corre o espanto derradeiro
coroai-me velho ranzinza
qual reclamação abstrusa
dos corpos pétreos
de razões
colha vulcões, destes de lava espessa
como um mingau,
sopa de fogo
em ventre
e riso
que fulmina
o ócio
de gozo.
17/10/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
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