Eu vejo o andor e o sol me castiga.
Lá bem longe a máscara fere o poema.
Tal é o senhor tempo
da pura magia ao tambor,
sete índios se pintam
para a guerra,
e os tambores são gritos
dentro do corpo da floresta.
São juncos terríveis
os castelos invisíveis,
são fantasmas os temores
da ayahuasca,
e é vermelha a pele
que o poema
maquina,
sob as intempéries do caos
a cal e a penumbra,
e as asas movediças da paixão
socorrem a infausta queda
da qual a poesia
se levanta,
e mais tambores tocam
com a dança do sabá
de fogueira
na noite
dos lírios
que versejam
no zênite do amor.
Flautas doces ressoam nas nuvens.
O mar está longe da funda mata,
a guerra entre as tintas de urucum
são brios atávicos
de música de totem,
e as flechas são coroas
do corpo ferido
de oceano infindo
d`alma.
14/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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