Cheiro de maresia ao dia da maré.
Quem tem fé é sacra lida,
sacrifício de medida,
tempo de poema e sol.
Com os vinhos tintos da litania,
cai e sobe o mar,
ventre do frio lunar,
vem e vai maré cheia e vazante,
a dor espera o instante,
a flor desperta adiante,
e o calor refaz o caminho
que ao largo do silêncio
o poema se faz mirante.
Cheiro de bruma no rio das léguas,
caminho de vinho pelo ardor
que gera meu mistério de alegria.
À flor suada o bem-te-vi faz festa,
bem rica nasce a onda na enseada,
o plano divino delineia toda estrada,
já é o poema ao qual o tempo
vê no espaço infinito
todos os versos
da fúria que ama
todo alvorecer
de que o sol
refulge.
16/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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